Quem abandonou trabalho por conta de outrem para se tornar tradutor freelance?
Thread poster: Manuela Domingues
Manuela Domingues
Manuela Domingues  Identity Verified
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Mar 23, 2015

Bom dia a todos,

Gostaria de saber quem arriscou em deixar um emprego por conta de outrem, no qual era efectivo ou não, e torna-se tradutor freelance. Como correu, e qual a vossa experiência, tendo em conta todas as despesas que isso origina (SS e IRS)?

Obrigada a todos.


 
Ana Vozone
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Passei a ser "my own boss" em 1979 Mar 23, 2015

e nunca me arrependi.

Trabalho como freelance desde então, ou seja, há 35 anos.

Sempre quis ser "independente" no meu trabalho, mas esperei pelo momento certo: depois de ter divulgado às pessoas que eu conhecia que era esse o meu desejo (amigos e conhecimentos profissionais), houve um momento em que recebi várias propostas de trabalho (independente) em simultâneo: Jornal Expresso, RTP, uma agência de publicidade. Foi fácil "dar o salto", porque acreditei que a pa
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e nunca me arrependi.

Trabalho como freelance desde então, ou seja, há 35 anos.

Sempre quis ser "independente" no meu trabalho, mas esperei pelo momento certo: depois de ter divulgado às pessoas que eu conhecia que era esse o meu desejo (amigos e conhecimentos profissionais), houve um momento em que recebi várias propostas de trabalho (independente) em simultâneo: Jornal Expresso, RTP, uma agência de publicidade. Foi fácil "dar o salto", porque acreditei que a partir daí, o volume de trabalho só iria aumentar. Não me enganei!

O meu conselho: divulgue entre os seus conhecimentos, e promova o seu perfil nos locais certos. Não largue um emprego minimamente estável enquanto não sentir que já tem um "cabaz de clientes" susceptível de lhe dar aquilo que pretende, em termos financeiros e profissionais.

Quanto aos números certos, já sabe que se exercer a partir de sua casa, pode descontar uma percentagem de todas as despesas de água, gás, electricidade, telefone, internet...

Tudo o resto, são contas que vai ter de fazer muito bem. Se trabalhar em casa, poupa em transportes, roupas e, sobretudo, poupa tempo. Depois há que saber gerir o tempo e os horários.

Tem de investir num bom computador e, se possível, num computador de reserva. Depois é o software, possivelmente incluindo um "CAT tool". A presença em fóruns de tradutores também é muito importante.

Não sei o que lhe diga mais. Avance quando acreditar que já tem uma mão cheia de clientes com potencial. Não largue nada de estável até ter isso.

Abraço e boa sorte!
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Manuela Domingues
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Obrigada Ana Mar 23, 2015

Obrigada, Ana. Obviamente, não largarei o meu emprego sem ter uma pasta de clientes segura.
Perguntei, porque conheço amigos, que deixaram os seus empregos, para trabalhar em freelance, mas ganham cerca de 500€ mensais, sendo que para mim isso seria de todo impossível. Cada um sabe das suas necessidades, mas acho que, para sobreviver da tradução, é necessário ter uma bagagem de cliente sólida, e extensa.
Parabéns pelo seu trabalho desenvolvido!


 
Cristina Pereira
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Como fiquei desempregada... Mar 23, 2015

Eu fui um pouco "obrigada", pois a empresa fechou e fiquei desempregada. Sabendo que não seria fácil arranjar emprego por ser "velha" (tinha menos de 40 anos), comecei a investir nas traduções, através deste site e dando a conhecer a antigos colegas a minha situação. Ao princípio foi difícil, mas contava com o subsídio de desemprego. Fiz muito trabalho "de sapa" mas com o tempo começaram a surgir os clientes e hoje considero ter uma boa carteira. Mas, como digo, não foi de um dia par... See more
Eu fui um pouco "obrigada", pois a empresa fechou e fiquei desempregada. Sabendo que não seria fácil arranjar emprego por ser "velha" (tinha menos de 40 anos), comecei a investir nas traduções, através deste site e dando a conhecer a antigos colegas a minha situação. Ao princípio foi difícil, mas contava com o subsídio de desemprego. Fiz muito trabalho "de sapa" mas com o tempo começaram a surgir os clientes e hoje considero ter uma boa carteira. Mas, como digo, não foi de um dia para o outro.

Tal como já lhe recomendaram, também pensaria muito bem antes de dar esse passo. E a carga fiscal hoje está bastante mais pesada do que quando comecei.

Espero que outros colegas contem as suas experiências e sugiro que frequente alguns "Pow-Wows" para trocar ideias ao vivo.

Boa sorte!

Cristina
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Anthony Baldwin
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comecei a tempo-parcial Mar 23, 2015

Quando eu comecei a trabalhar como freelancer, eu estava trabalhando como professor durante o ano escolar, e garçom/pintor no verão, deixei de ensinar, mas continuei pintando/trabalhando como garçom por um tempo, ate que tive uma boa lista de clientes e trabalho regular. Dentro de seis meses, eu deixei de trabalhar nos outros empregos e podia traduzir de tempo integral, o que estou fazendo agora faz 10 anos.

[Edited at 2015-03-23 14:43 GMT]

[Edited at 2015-03-23 14:45 GMT]


 
Rui Domingues
Rui Domingues  Identity Verified
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Tomei essa decisão há cerca de 1 ano Mar 23, 2015

Quando terminei a licenciatura em Tradução comecei a trabalhar como tradutor interno na empresa onde fiz o estágio curricular.

Ao fim de 3 anos fui convidado para integrar a equipa de outra agência de tradução onde permaneci durante 5 anos.

Como sempre tive o desejo de trabalhar como tradutor independente, paralelamente à atividade de tradutor contratado fui angariando clientes para os quais trabalhava em regime de freelance. Devo dizer que não é nada fácil tr
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Quando terminei a licenciatura em Tradução comecei a trabalhar como tradutor interno na empresa onde fiz o estágio curricular.

Ao fim de 3 anos fui convidado para integrar a equipa de outra agência de tradução onde permaneci durante 5 anos.

Como sempre tive o desejo de trabalhar como tradutor independente, paralelamente à atividade de tradutor contratado fui angariando clientes para os quais trabalhava em regime de freelance. Devo dizer que não é nada fácil trabalhar 8 horas numa empresa a traduzir e depois vir para casa e ter de continuar a fazê-lo para os clientes que fui angariando, mas foi um esforço necessário para conseguir o meu objetivo.

Em dezembro de 2013 superei os receios de trocar o certo pelo incerto e despedi-me da empresa onde trabalhava. Estou desde janeiro de 2014 a trabalhar a tempo inteiro como tradutor independente e, por enquanto, não me arrependo.

O primeiro ano foi bastante bom e espero que a tendência seja sempre melhorar.

Tal como os colegas já referiram é importante dispor de uma carteira de clientes para que a transição seja menos turbulenta e servir de rampa de lançamento. Mas também é verdade que quando se trabalha por conta de outrem é mais complicado conseguir novos clientes, pois nem sempre temos disponibilidade para aceitar os prazos e estabelecer novas parcerias. Trabalhando como independente é mais fácil conseguir gerir o tempo e alargar a carteira de clientes.

Os impostos são dissuasores, mas se é isso que realmente ambicionamos temos de arriscar e fazer aquilo que nos faz feliz, só assim a vida tem sentido

Bom trabalho a todos!

Rui
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Manuela Domingues
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Obrigada, Rui Mar 23, 2015

Rui Domingues wrote:

Quando terminei a licenciatura em Tradução comecei a trabalhar como tradutor interno na empresa onde fiz o estágio curricular.

Ao fim de 3 anos fui convidado para integrar a equipa de outra agência de tradução onde permaneci durante 5 anos.

Como sempre tive o desejo de trabalhar como tradutor independente, paralelamente à atividade de tradutor contratado fui angariando clientes para os quais trabalhava em regime de freelance. Devo dizer que não é nada fácil trabalhar 8 horas numa empresa a traduzir e depois vir para casa e ter de continuar a fazê-lo para os clientes que fui angariando, mas foi um esforço necessário para conseguir o meu objetivo.

Em dezembro de 2013 superei os receios de trocar o certo pelo incerto e despedi-me da empresa onde trabalhava. Estou desde janeiro de 2014 a trabalhar a tempo inteiro como tradutor independente e, por enquanto, não me arrependo.

O primeiro ano foi bastante bom e espero que a tendência seja sempre melhorar.

Tal como os colegas já referiram é importante dispor de uma carteira de clientes para que a transição seja menos turbulenta e servir de rampa de lançamento. Mas também é verdade que quando se trabalha por conta de outrem é mais complicado conseguir novos clientes, pois nem sempre temos disponibilidade para aceitar os prazos e estabelecer novas parcerias. Trabalhando como independente é mais fácil conseguir gerir o tempo e alargar a carteira de clientes.

Os impostos são dissuasores, mas se é isso que realmente ambicionamos temos de arriscar e fazer aquilo que nos faz feliz, só assim a vida tem sentido

Bom trabalho a todos!

Rui




Obrigada Rui pela resposta. É bom saber que conseguiu o que pretendia! Tal como disse, é saturante trabalhar 8h e depois chegar a casa e continuar a traduzir, é exactamente aquilo que me está a acontecer, mas eu ainda tenho uma bebé Por isso, torna-se mais difícil. Sim, os impostos são dissuasores, daí eu perguntar como fazem, porque não me consigo imaginar viver com 500€ de tradução, por exemplo.
Ainda bem que corre bem e desejo-lhe tudo de bom.


 
Pedro Oliveira
Pedro Oliveira
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Uma dúvida que me assiste há já algum tempo... Mar 23, 2015

Olá Manuela,

ando há bastante tempo com a mesma dúvida.
Tenho um emprego full-time e trabalho como Independente também em full-time.
Tenho uma boa carteira de clientes, mas quando faço contas aos impostos... assusto-me; principalmente a Segurança Social.
Além disso, a minha esposa tem um emprego onde ganha muito pouco (AECs).
Tenho, como muitos portugueses, crédito à habitação e aut
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Olá Manuela,

ando há bastante tempo com a mesma dúvida.
Tenho um emprego full-time e trabalho como Independente também em full-time.
Tenho uma boa carteira de clientes, mas quando faço contas aos impostos... assusto-me; principalmente a Segurança Social.
Além disso, a minha esposa tem um emprego onde ganha muito pouco (AECs).
Tenho, como muitos portugueses, crédito à habitação e automóvel, acrescidos das despesas de água, luz, gás, etc... e tenho receio de largar o emprego por conta de outrem "arriscando-me" a ter dificuldades financeiras em alguma altura de menor atividade da parte das traduções.

É de facto uma decisão complicada.

Boa sorte no que quer que decida.
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Manuela Domingues
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Obrigada Pedro Mar 24, 2015

Pedro Oliveira wrote:

Olá Manuela,

ando há bastante tempo com a mesma dúvida.
Tenho um emprego full-time e trabalho como Independente também em full-time.
Tenho uma boa carteira de clientes, mas quando faço contas aos impostos... assusto-me; principalmente a Segurança Social.
Além disso, a minha esposa tem um emprego onde ganha muito pouco (AECs).
Tenho, como muitos portugueses, crédito à habitação e automóvel, acrescidos das despesas de água, luz, gás, etc... e tenho receio de largar o emprego por conta de outrem "arriscando-me" a ter dificuldades financeiras em alguma altura de menor atividade da parte das traduções.

É de facto uma decisão complicada.

Boa sorte no que quer que decida.


Olá Pedro,

Obrigada pelo seu testemunho.
Aí está o problema, eu concilio os dois, mas torna-se difícil. No entanto, tal como afirma, ninguém quer ter dificuldades financeiras, pelo que se deve avaliar muito bem antes de dar o passo para uma mudança tão significativa.

Obrigada e boa continuação.


 
José Henrique Lamensdorf
José Henrique Lamensdorf  Identity Verified
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In memoriam
Apenas um cuidado para o longo prazo Mar 24, 2015

Quando dei o salto de empregado para autônomo em 1987, já estava "moonlighting" há algum tempo, em parceria com uma empresa num projeto meu, e tinha caixa para me aguentar um ano sem receber salário. Por outro lado, tinha esposa (a primera) e dois filhos pequenos.

Essa empresa parceira logo se tornou minha cliente na principal área de atuação deles. Durante 20 anos consecutivos, representou entre 60% e 75% da minha receita.

Porém de repente o mercado mudou para
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Quando dei o salto de empregado para autônomo em 1987, já estava "moonlighting" há algum tempo, em parceria com uma empresa num projeto meu, e tinha caixa para me aguentar um ano sem receber salário. Por outro lado, tinha esposa (a primera) e dois filhos pequenos.

Essa empresa parceira logo se tornou minha cliente na principal área de atuação deles. Durante 20 anos consecutivos, representou entre 60% e 75% da minha receita.

Porém de repente o mercado mudou para eles, e a sua demanda pelos meus serviços minguou rapidamente. Levei alguns anos para diversificar a minha carteira de clientes a ponto de me "blindar" contra mudanças radicais em qualquer cliente, ou até num mercado inteiro.

Por isso recomendo tomar cuidado, e não colocar ovos demais na mesma cesta. Para mim, durou 20 anos. Mas nada impede que algo assim durasse a vida inteira... ou apenas uns poucos meses.
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Maria Teresa Borges de Almeida
Maria Teresa Borges de Almeida  Identity Verified
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A mesma experiência desagradável em 1988... Mar 24, 2015

José Henrique Lamensdorf wrote:

Quando dei o salto de empregado para autônomo em 1987, já estava "moonlighting" há algum tempo, em parceria com uma empresa num projeto meu, e tinha caixa para me aguentar um ano sem receber salário. Por outro lado, tinha esposa (a primera) e dois filhos pequenos.

Essa empresa parceira logo se tornou minha cliente na principal área de atuação deles. Durante 20 anos consecutivos, representou entre 60% e 75% da minha receita.

Porém de repente o mercado mudou para eles, e a sua demanda pelos meus serviços minguou rapidamente. Levei alguns anos para diversificar a minha carteira de clientes a ponto de me "blindar" contra mudanças radicais em qualquer cliente, ou até num mercado inteiro.

Por isso recomendo tomar cuidado, e não colocar ovos demais na mesma cesta. Para mim, durou 20 anos. Mas nada impede que algo assim durasse a vida inteira... ou apenas uns poucos meses.


Tinha na altura um ótimo cliente (uma agência de tradução belga), cujo volume de trabalho era de tal modo elevado (foi logo a seguir à adesão de Portugal à então Comunidade Europeia e o português estava na "moda") que não me permitia alargar a clientela. Moral da história: a agência belga perdeu repentinamente o seu melhor cliente (Comissão Europeia) e eu vi-me de um momento para o outro quase sem trabalho. Foi extremamente duro, mas ainda cá estamos! Pôr todos os ovos no mesmo cesto é um erro crasso, mas mesmo hoje, olhando para trás, continuo a não ver como poderia ter feito de outro modo...

Quanto a deixar um trabalho por conta de outrem para passar a independente, creio que muitos de nós vivemos isso e cá estamos para contar como foi. Surge uma altura em que é inevitável "mergulhar de cabeça"!


 
José Henrique Lamensdorf
José Henrique Lamensdorf  Identity Verified
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In memoriam
Dois tipos de pessoas Mar 24, 2015

Teresa Borges wrote:

Quanto a deixar um trabalho por conta de outrem para passar a independente, creio que muitos de nós vivemos isso e cá estamos para contar como foi. Surge uma altura em que é inevitável "mergulhar de cabeça"!


Meu saudoso pai certa vez disse que há dois tipos de pessoas sob este aspecto:

Um tipo é aquele que se empenha ao máximo como empregado, sempre dá aquele passo a mais, para aumentar a certeza de receber aquele cheque, exatamente no valor já conhecido, no final do mês. Se este tipo for trabalhar por conta própria, vai se empenhar mais em ficar desesperado para atingir aquele valor, do que em fazer um trabalho que o garanta.

O outro tipo é aquele que é motivado para trabalhar mais se a sua renda for proporcional à sua produção. Como empregado com salário fixo, ele se empenhará mais no trabalho visando uma promoção ou um aumento, do que para apenas garantir o salário no fim do mês. São o tipo que se o aumento ou a promoção demorarem muito para sair, acabarão indo procurar isso em outra empresa.


Um dos problemas que vejo no mercado da tradução é um contingente expressivo de autônomos do primeiro tipo. Eles estão de tal forma preocupados em atingir aquele mínimo, que aceitam quaisquer migalhas que lhes oferecerem, achando que é melhor do que nada. Muitos clientes se aproveitam disso.

Não acho impossível mudar de uma mentalidade para outra, mas é preciso conhecer ambas (estabilidade x desafios), e saber qual é mais profícua na situação presente.


O ser humano tem dessas coisas. Observem ao redor... Quem se casa e mantém a mentalidade de solteiro, o casamento dura pouco. Quem se divorcia passivamente e mantém a mentalidade de casado, não consegue arranjar com quem se casar de novo.

É preciso se adaptar deliberadamente.


 


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