Caros colegas Hoje desperta-me curiosidade um dos mais famosos escritores /poeta dos últimos tempos, e queria por isso compartir com todos um pouco de informação sobre a sua vida : FERNANDO ANTÓNIO NOGUEIRA PESSOA: Bom trabalho, e muita inspiração!!! MLD Uma vida e muitas invenções FERNANDO PESSOA Poeta, 1888 - 1935 Ao escrever sobre Fernando Pessoa, o poeta mexicano Octavio Paz declara que “os poetas não t�... See more Caros colegas Hoje desperta-me curiosidade um dos mais famosos escritores /poeta dos últimos tempos, e queria por isso compartir com todos um pouco de informação sobre a sua vida : FERNANDO ANTÓNIO NOGUEIRA PESSOA: Bom trabalho, e muita inspiração!!! MLD Uma vida e muitas invenções FERNANDO PESSOA Poeta, 1888 - 1935 Ao escrever sobre Fernando Pessoa, o poeta mexicano Octavio Paz declara que “os poetas não têm biografia. Sua obra é sua biografia”. Afirma ainda, que, no caso de Pessoa, “nada em sua vida é surpreendente -- nada, exceto seus poemas.” Homem de vida pública modesta, Fernando Pessoa dedicou-se a inventar. Através da poesia, criou outras vidas, despertando, assim, o interesse por sua própria vida tão pacata. Tornou-se, portanto, o enigma em pessoa. Nascido em Lisboa, no dia 13 de junho de 1888, Fernando Pessoa perdeu o pai aos cinco anos de idade. Em 1896, a família se transfere, levada pelo segundo marido de sua mãe, para a cidade de Durban, na África do Sul. Lá, cursa o secundário, cedo revelando seu pendor para a literatura. Em 1903, ingressa na Universidade do Cabo. Fernando Pessoa, educado em inglês, adquiriu o gosto pela poesia lendo Milton, Byron, Shelley, Edgar Allan Poe e outros poetas de língua inglesa. Deixando a família em Durban, o jovem estudante, que até pensava em inglês, retorna a Portugal. Fernando Pessoa matricula-se, então, no Curso Superior de Letras, que logo abandona, e entra em contato com os grandes escritores da língua portuguesa. Impressiona-se sobremaneira com os sermões do Padre Antônio Vieira (1608-1697) e particularmente com a obra de Cesário Verde (1855-1886), Em 1908 começa a trabalhar como tradutor de cartas comerciais para empresas estrangeiras. Deste emprego modesto tirará o sustento durante toda a vida. Boêmio, encontra-se com os amigos em cafés, especialmente a "Brasileira do Chiado" para discutir literatura. Em 1912 conhece o poeta Mário de Sá-Carneiro (1890 - 1916), de quem se tornaria grande amigo. Em Paris, no dia 26 de abril de 1916, Sá-Carneiro, após escrever cartas angustiadas a Fernando Pessoa, comete o suicídio. A revista Orpheu, fundada em 1915 por Fernando Pessoa, Mário de Sá Carneiro, e outros amigos, como Almada Negreiros e Luís de Montalvor, representa o marco inicial do Modernismo em Portugal. Após a notoriedade, nem sempre positiva, adquirida com a publicação de Orpheu, Pessoa mergulha em anos de relativa obscuridade. Publica um pequeno volume de poemas em inglês, Antinuos and 35 Sonnets (1918), ensaios e poemas esporádicos em algumas revistas, funda outras, envolve-se com o ocultismo e a magia negra, dedica-se ao estudo da astrologia. Em 1934 publica, tomando dinheiro emprestado, o livro Mensagem, e com ele participa do prêmio "Antero de Quental". Recebe o prêmio de Categoria B. No dia 30 de novembro de 1935, morre de cirrose hepática. Fernando Pessoa nunca teve, em vida, o reconhecimento que merecia. Viveu modestamente, em relativa obscuridade. Em vida, teve apenas dois livros publicados: alguns poemas em inglês e Mensagem. Os heterônimos Desde cedo, Fernando Pessoa inventara seus companheiros. Ainda em Durban, imagina os heterônimos Charles Robert Anon e H. M. F. Lecher. Cria também o especialista em palavras cruzadas Alexander Search e outras figuras menores. Mas seria no dia 8 de março de 1914 que os heterônimos começariam a aparecer com toda a força. Neste dia, Pessoa escreve, de uma só vez, os 49 poemas de O Guardador de Rebanhos, de Alberto Caeiro. Como resposta, escreve também os seis poemas de Chuva Oblíqua, que assina com seu próprio nome. Logo, inventaria Álvaro de Campos e, em junho do mesmo ano, Ricardo Reis. Um semi-heterônimo de Pessoa, Bernardo Soares, só em 1982 teve sua obra, O Livro do Desassossego, composta por fragmentos de prosa poética, publicada. Álvaro de Campos e Ricardo Reis, assim como o próprio Pessoa, consideravam-se discípulos de Alberto Caeiro, mas cada um seguiu os ensinamentos do mestre à sua forma, e chegaram até a travar uma polêmica muito interessante sobre o fazer poético. A última frase de Fernando Pessoa foi escrita em inglês no dia de sua morte: “I know not what tomorrow will bring” ou “Eu não sei o que o amanhã trará” O amanhã trouxe para Fernando Pessoa uma admiração crescente. Suas obras foram aos poucos sendo publicadas e ele é considerado hoje, ao lado de Camões, um dos dois maiores poetas portugueses de todos os tempos. Nenhum poeta, em língua portuguesa, obteve tanto prestígio em todo o mundo. O obscuro e modesto lisboeta tornou-se, assim, um nome importante em todo o mundo. Graças ao poder da palavra. Graças à magia da poesia. O Cancioneiro "O poeta é um fingidor. Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente. E os que lêem o que escreve, Na dor lida sentem bem, Não as duas que ele teve, Mas só a que eles não têm." OBRAS: POESIA: 1918 - 35 Sonnets 1918 - Antinous 1921 - English Poems (I - II - III) 1935 - Mensagem 1942 - Poesia (antologia - 2 volumes) 1952 - Poemas Dramáticos 1953 - Poemas Destinados ao Nº 3 do Orpheu 1955 - Poesias Inéditas (1930 - 1935) 1956 - Poesias Inéditas (1919 - 1930) 1965 - Quadras de Gosto Popular 1968 - Oito Poemas Inglese Inéditos de Fernando Pessoa 1973 - Novas Poesias Inéditas PROSA: 1923 - Sobre um Manifesto de Estudantes 1928 - Interregno, Defesa e Justificação da Ditadura Militar em Portugal 1928 - “A Memória do Presidente - Rei Sidónio Pais”, in Acção 1935 - (A Maçonaria) Associações Secretas 1944 - A Nova Poesia Portuguesa 1946 - Páginas de Doutrina Estética 1949 - O Preconceito da Ordem 1950 - A Nossa Crise, Seus Aspectos Político, Moral e Intelectual 1950 - O “Orpheu” e a Literatura Portuguesa 1966 - Páginas Íntimas e de Auto - Interpretação 1968 - Textos Filosóficos (2 volumes) 1979 - Sobre Portugal - Introdução ao Problema Nacional 1979 - Da República (1910 - 1935) 1980 - Ultimatum e Páginas da Sociologia Política 1980 - Textos de Crítica e de Intervenção 1981 - O Banqueiro Anarquista S.D. - Páginas de Estética e de Teoria e Crítica Literária 1976 - O Rosto e às Máscaras (Antologia de prosa e poesia) CORRESPONDÊNCIA: 1944 - “Vinte Cartas de Fernando Pessoa”, in Ocidente, nºXXIV 1945 - Cartas de Fernando Pessoa a Armando Cortes - Rodrigues 1957 - Cartas de Fernando Pessoa a João Gaspar Simões 1978 - Cartas de Amor de Fernando Pessoa por Frederico Barbosa ▲ Collapse | |